Não existe. Não existe o agora. Não existe o presente. Antes ausente; tudo não aconteceria, obviamente por não haver lacuna temporal que "abrigue" e possibilite ocorrências. Sim, isso sim seria o ideal. Por conseguinte, as pessoas não existiriam. Pra que existem as pessoas (agentes do acontecimento), senão para agirem, para realizarem e tornarem real e exequível o potencial humano? É certo que o fato depende do ser e, o ser, depende do fato. Essa reciprocidade inviabilizaria a existência de ambos os fatores. Assim sendo, não existo eu, não existe você, nem mesmo este texto e o motivo pelo qual foi escrito. O inexistente é inexplicável. E só, e fim.
sábado, 30 de outubro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O inexistente e o existente também são recíprocos, logo absolutamente nada é digno de explicação, ou explicações não são dignas de nada disso. Ou é tudo muito supérfluo e louco e digno de deixar levar. Beeeeeijo ;*
ResponderEliminarAh!... quanto de Caeiro ouço de suas palavras. Refletir? Pensar? O importante é ver.
ResponderEliminar"O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa."
"O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido nenhum."
(O Guardador de Rebanhos, V, Fernando Pessoa «Alberto Caeiro»)
"O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa."
(O Guardador de Rebanhos, XXIV, Fernando Pessoa «Alberto Caeiro»)