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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

desApego

Sob a realidade oprimente que agora perturba
Sucumbo ao peso da mente, doença insolente
E sem ao menos escolher remédio de cura
Faço o que posso, oh!, remorso, não me cause loucura!

Não é que eu tenha escolhido o previsto presente,
Não é que eu queira o presente tão vivo e fatal,
Apenas sofro a indiferença do sol ao poente
Que egoísta ilumina e se apaga de mal

Recluso em minha casa, trancafiado em carapaças
Vejo a iminência do meu ato, faço, não faço, tudo em vão
Não é que eu tenha querido tão infurtuna sentença
Mas não me resta um escape, voe longe, meu coração

Após uma vida ferida por um final sem piedade
Celebro a morte, minha morte, e a renascença da outra parte
E mesmo morto de desgosto ouço o choro de lá cessar
Seguindo suspiros de nova vida para o meu grande pesar

Vá com Deus!, exclamo bem alto, para a parte que parte catando os pedaços
Do meu coração, serei racional, pois o que era emoção foi levado pra longe
Espero que volte meus pedaços intactos, remontados, colados por alguém que não sei
Só não quero a minha vida pra sempre polida de razão desmedida e um ego de rei

2 comentários:

  1. Acostumar-se a passionalidade é tão cotidiano. ENJOY ! Adoorei, beijo

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  2. A razão desmedida nos cega tanto quanto a paixão....Ficamos tolhidos por ela...
    O desapego aos sentimentos é uma forma de defesa da dor e do medo que eles nos provocam. Há quem diga que expor seus sentimentos é se tornar vulnerável, eu digo que às vezes a dor é necessária.
    Muito bom Igor !!!
    beijoo

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